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terça-feira, 6 de março de 2012

O CRISTÃO E A POLÍTICA

     Nestes últimos tempos temos visto o embate entre o meio cristão e o meio político, e isto tem gerado mudanças na postura de certos segmentos políticos. Um exemplo disso foi a então senadora Marina Silva quando candidata a presidência da república. Na época o debate principal era em torno do aborto que era defendido pelo PT, e fortemente rejeitado pelo meio evangélico como não poderia deixar de ser. As pesquisas diziam que a então candidata do PT Dilma Roussef ganharia as eleições no primeiro turno, e em segundo lugar viria o candidato do PSDB José Serra e em terceiro a candidata Marina Silva do PV. O debate em torno do aborto levou o meio evangélico a se voltar para a candidata também evangélica Marina Silva o que fez com que o número de votos dirigidos a ela crescesse consideravelmente abrindo então margem para a chegada de um segundo turno na eleição para presidente, que foi o que aconteceu.
     A partir deste episódio, o meio evangélico ganhou uma influencia considerável dentro do meio político, o que pode ser muito bom, mas, por outro lado pode ser prejudicial. O embate político do momento se dá entre o meio evangélico e o segmento homossexual, e a briga está acirrada. O pastor Silas Malafaia, uma grande influência no meio evangélico, tem combatido de forma severa as tentativas dos homossexuais de mudar a constituição brasileira, fazendo leis que os beneficiem. Esse embate tem agitado o meio político, o senado federal e a câmara dos deputados. Manifestações políticas organizadas por lideranças evangélicas foram feitas em Brasília para protestar contra a tão falada PL122, o que aumentou ainda mais a influência evangélica no meio político. Hoje um político que queira ir bem nas eleições sabe que deve prestar atenção nos evangélicos porque eles(eu me incluo) descobriram que podem definir uma eleição.
     Agora, até que ponto isso pode ser bom, ou pode ser prejudicial? Isso será bom não só para o meio evangélico mas também para a nação brasileira, se aqueles que se dizem evangélicos e atuam no meio político permanecerem fiéis a palavra de Deus, aos princípios que Deus estabeleceu para seu povo. Esta escrito em Provérbios 29:2=>"Quando os justos se governam, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme". É  claro que um político cristão decidido a temer a Deus irá enfrentar obstáculos terríveis porque o nível de corrupção que chegamos no Brasil nos dias de hoje é muito grande e portanto fazer a vontade de Deus no meio político irá desagradar muita gente. Mas, eu acredito que pode dar certo, a bíblia nos conta exemplos de servos de Deus que estiveram em um meio político corrompido e foram fiéis a Deus como José do Egito e Daniel, este último foi jogado na cova dos leões porque não se corrompeu , não se deixou levar pela corrupção política e espiritual da época, acho que isto é um sinal para aqueles que atuam na política e temem a Deus nos dias de hoje.
     A influência evangélica pode ser prejudicial a medida que aqueles se dizem evangélicos e estão envolvidos na política se deixam levar pela corrupção e deixam de seguir os preceitos de Deus. Um político que teme a Deus não pode de forma alguma apoiar uma lei que legaliza o pecado como o aborto, a prostituição, uma lei que favoreça a corrupção, que favoreça o homossexualismo, etc. Todas estas são pecados e como servos de Deus não podemos concordar com isso. Um político que se diz cristão e apóia tais coisas serve de escândá-lo para o povo de Deus faz com que a influência cristã seja ridicularizada no meio político.
     Não sou contra o cristão que se envolve na política, sou contra aquele que se diz cristão e se envolve na política para favorecimento próprio, não se importando com os preceitos de Deus. Se o cristão vai se envolver com a política, que seja como José e Daniel, que seja um exemplo.

Paz e Graça

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